terça-feira, 15 de maio de 2018

Mar de cores

É importante saber viver tudo. O "cinzento" também nos ensina, o "cinzento" muito nos ensina.
Se tudo fosse a cores, não traríamos no peito a mesma força, não traríamos no peito a mesma paixão.
Uma tatuagem dói, gosto de sentir a dor que acompanha cada picada. aquela dor só minha, aquele momento só meu. 
O misto de lembranças, sentimentos, orgulho, felicidade... mais um motivo.
As picadas não cessam, a minha pele vai sendo preenchida, lentamente vou sentindo o preenchimento de fora para dentro, até o meu peito, vai seguindo cada vez mais profundo, até que chega a minha alma e nesse momento já mergulhei em meus pensamentos mais profundo.
Uma voz me traz até a superfície novamente. 
O meu coração explode de felicidade, enquanto os meus olhos deslumbram a minha nova "marca".
Pequena como uma pena, mas traz com ela uma imensidão.

Não as faço a cores, o colorido deixo para a minha vida. O colorido está na minha vida. 
O cinzento é pesado, é na maior parte das vezes monótono.
Aproveito o cinzento para ouvir, refletir, aprender, corrigir... o tempo passa e de repente de uma forma distraída pego num pincel e recomeço, um pouco de verde, um pouco de rosa, também gosto do azul... me limito a rabiscar. 
Quando para e olho, talvez tenha exagerado um pouco nas cores, olho então novamente, só que desta vez com mais atenção. Os meus olhos não queriam acreditar no que estavam a ver, fiquei deslumbrada, os simples rabiscos haviam se transformado num imenso mar de cores. Em cada vai e vem das ondas uma nova tela era desenhada, uma mais linda do que a outra.
Elas vem e vão, e eu, só vou.

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