sábado, 23 de junho de 2018

Meu Livro

Tantos quilómetros já sobrevoei sobre o imenso azul salgado... intenso... gelado...
Foram tantas idas e vindas desgastantes. 

No meio de luzes, balões coloridos, conversas cantadas, músicas recitadas, sorrisos frequentes e olhares resplandecentes, reparei em ti, um pequeno livro chamou a minha atenção. 
Já o tinha visto outras vezes, mas desta vez olhei mais de perto, um livro pequeno, delicado, com uma capa linda e viva, me aproximei um pouco mais e reparei em uma princesa que encaixava perfeitamente no colorido da capa, um olhar intenso, uma delicadeza que a primeira vista dava um ar de fragilidade, mas só a primeira vista.
Durante duas semanas não abria mão de estar com ele, não importava onde eu estava, no futebol com os amigos, na praia, nas noites bem passadas no Baixo Méier, ele estava sempre comigo. A paixão que eu sentia era integral, surreal... a cada página virada eu ansiava por mais. Era um sabor agridoce, assim como o Carnaval, todo livro tem o seu  fim. Quando dei por mim, percebi que era uma questão de dias até terminá-lo. 
Mais uma ida ou vinda (já nem sabia mais) pelas alturas se aproximava, e então sem terminar resolvi guardá-lo na minha mala. 
Diminuí o ritmo da leitura, paginava lentamente e até reli alguns capítulos, não estava preparada para ler até o fim, mas qual seria o fim?
Demorei quase um ano até chegar nos parágrafos finais. Tempestades, confusões, caos, mudanças de rumo... tudo mudou! Sabe quando terminamos de ver um filme e pensamos, "Ah! Vai sair o 2."? 

O sol brilhava no mês de Julho, quase 11 anos depois, eu sinceramente já nem acreditava que haveria a continuação, mas ao ler na Internet o nome do livro, do "meu" livro, meu coração suspirou e sorriu! 
Folha após folha, fui invadida mais uma vez pela intensidade que só aquele livro é capaz de me fazer sentir, nunca soube se eu devorava as páginas ou se elas me devoravam, o cheiro das folhas era afrodisíaco! 

No meio de mudanças, compromissos, Natal, bagunças, andanças... eu o perdi, nem conseguia acreditar, ainda tinha tanto para ler.
Tudo está mais calmo, organizado e no meio dessa limpeza e arrumação, lá estavas tu. 
Não te posso ler agora, mas com a calma que você merece, mergulharei em suas páginas novamente lentamente e intensamente.

terça-feira, 19 de junho de 2018

Era uma vez a "Terra do nunca"

24 horas por dia? A questão aqui é, como faço para encaixar todos os sorrisos, todas as conversas, os abraços, olhares intermináveis, as palhaçadas, opiniões trocadas, experiências vividas que são tantas... vamos fazer um filme? Vontades, sonhos, todas aquelas coisas nossas.

Me sinto tão "adulta", para minha surpresa, não é tão ruim como eu achava que seria, aquele meu desejo de viver um dia na "Terra do nunca", já consigo aceitar viver por aqui mesmo, na verdade, o tempo passa e mais vontade eu tenho de "crescer".

Faço dos meus dias cheios.
Faço das minhas noites confortáveis.
Transformo os meus sonhos em objetivos, metas que eu VOU ATINGIR.
Faço o que eu quero, quando quero, com quem quiser vir.

Com a cabeça no travesseiro e a sutil luminosidade das estrelas, suspiro. Por que será?
Mais uma noite que o conforto toma conta do meu corpo, dos meus pensamentos, do meu peito". O despertar mesmo que seja Domingo às 6:45 da manhã, vem com muita vontade de viver mais vinte e quatro horas. Mais um dia.
"Bom dia presente, mais um dia para fazer de hoje ainda melhor do que ontem!"

Com certeza!